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Você já ouviu falar em logística reversa? Quer saber o que é? Nesse artigo, vamos entender tudo sobre esse processo que revoluciona a eficiência corporativa sustentável, reduzindo custos e promovendo práticas ambientais responsáveis.
O que é logística reversa?
Saiba que ela abrange muito mais que simplesmente reciclar produtos: ela é uma peça-chave para a sustentabilidade, a responsabilidade empresarial e a adequada gestão de resíduos.
Ao se dedicar a aprender sobre logística reversa e os desafios envolvidos na coordenação e gestão, os profissionais da cadeia de suprimentos podem aproveitar seu entendimento para ajudar a reduzir custos e manter os processos funcionando de maneira eficiente.
Se você estiver interessado em se aprofundar no assunto, acompanhe também esse episódio especial do nosso podcast Conecta ESG com grandes especialistas falando sobre o tema.
Índice
Logística reversa é o nome dado ao processo de retornar produtos, embalagens ou materiais ao varejista, ao fabricante, ao seu centro produtivo ou ainda a locais adequados para reaproveitamento ou descarte apropriado.
Seja porque o cliente está devolvendo itens de que não precisa, porque o ciclo de vida do produto terminou ou o produto está danificado ou defeituoso, é aí que entra a logística reversa.
Esse caminho de volta dos produtos — daí “logística reversa” — é essencial para empresas que buscam não somente cumprir legislações, mas também para aquelas focadas em economia circular e redução de desperdícios.
A logística reversa reflete o compromisso das empresas com a conservação ambiental, ao promover o correto descarte e a reutilização de materiais, reduzindo assim a extração de recursos naturais e a quantidade de resíduos.
Além de proteger o meio ambiente, ela pode diminuir custos operacionais e criar oportunidades de negócios através da venda de materiais recicláveis ou reciclados.
Ao dar um novo propósito para o que seria descartado, a logística reversa fortalece a responsabilidade social corporativa e alimenta uma economia mais verde.
Trazemos para você a lista a seguir com 9 dos principais tipos de logística reversa que existem hoje no mercado:
O processo de logística reversa mais comum é a gestão de devoluções.
Ela lida com devoluções regulares de clientes e deve representar uma boa experiência, sem dor de cabeça, para aumentar a lealdade do cliente e a imagem da marca.
Esse é o termo que define como todas as devoluções de clientes devem ser feitas. Ele precisa ser seguida de forma correta tanto por clientes quanto por funcionários.
É uma boa prática manter essas políticas visíveis e facilmente acessíveis para todos.
Recondicionar produtos que são devolvidos impede que empresas percam dinheiro com produtos defeituosos e também elimina desperdícios desnecessários.
Ao consertá-los e deixá-los como novo, é possível vender a um preço menor, informando aos consumidores de que se trata de um produto recondicionado.
Existem organizações com processos de gestão de embalagens e elas reutilizam as embalagens para reduzir resíduos e economizar no custo.
De outra forma, haveria um gasto em embalagens novas para itens devolvidos.
Quando aquele produto que compramos chega ao final de sua vida útil, ele precisa ser encaminhado para os fabricantes ou para locais indicados por eles, para que gerenciem seu descarte ambientalmente correto.
E quando os produtos chegam, mas não chegam?
Se algum produto não pode ser entregue, ele é devolvido aos centros de distribuição. De lá, é mandado de volta ao fabricante.
No entanto, também é possível para empresas eficientes gerenciarem falhas na entrega, corrigindo o problema e reenviando.
Existe a logística reversa de produtos alugados ou arrendados.
Eles são devolvidos ao final de um prazo definido e voltam ao fabricante para descarte, reciclagem ou realocação.
Têm os casos em que um produto — muitas vezes, itens eletrônicos de consumo — pode ser devolvido, usando logística reversa, para realizar reparos ou trabalhos de garantia.
A logística reversa envolve diversas fases importantes, desde a coleta de produtos até o seu destino final. Entender cada etapa é essencial para uma gestão eficiente dos recursos e resíduos.
O processo usado para gerenciar a devolução de mercadorias depende do tipo de logística reversa em questão, bem como do tipo de negócio da empresa e em qual indústria ela atua.
Cada empresa deve ter seu processo mapeado para garantir a máxima eficiência e aproveitar quaisquer incentivos para otimizar suas atividades de logística reversa e aumentar a sustentabilidade ambiental.
Para entender o processo de uma logística reversa, listamos para você as 5 etapas mais comuns que compõem um bom fluxo de trabalho.
Quando os clientes iniciam uma devolução, uma empresa deve então iniciar o processo de devolução e colocar seu procedimento operacional padrão em movimento.
A coleta se inicia quando o produto é recebido no ponto de venda ou pelo fabricante, ou ainda coletado diretamente do consumidor.
Em seguida, esses produtos são encaminhados para centros de recepção onde são identificados e classificados de acordo com seu estado e potencial de reaproveitamento.
Na fase de triagem, itens são separados por tipo e qualidade.
Após isso, na classificação, eles são avaliados para identificar quais podem ser reutilizados, reciclados ou se serão descartados.
A valoração determina o valor residual de produtos que ainda podem ter utilidade.
Os itens realocados para o departamento de reparo devem entrar em processo de conserto.
Se não for possível reparar ou desmembrar para outros usos, um procedimento de fim de vida deve ser feito de maneira correta.
Produtos e materiais que ainda podem ser aproveitados são direcionados para reciclagem ou reuso.
Aqueles que não têm mais utilidade são encaminhados para um descarte final seguro e ambientalmente correto, de acordo com as normas locais.
A pauta da sustentabilidade está cada vez mais direcionando as ações de governos e empresas.
No âmbito dos negócios, a Agenda ESG tem exigido um foco para práticas sustentáveis nos âmbitos ambiental, social e de governança.
Vale ressaltar que no Brasil, a gestão de resíduos é estruturada por um conjunto de leis e políticas públicas específicas, para as quais as empresas e os cidadãos precisam se atentar.
Dentre essas medidas, a logística reversa é um dos pontos mais importantes da agenda de sustentabilidade e das legislações vigentes, para garantir o retorno de produtos e embalagens ao ciclo produtivo ou ao descarte final ambientalmente correto.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelecida pela Lei nº 12.305/2010, é o principal marco legal da logística reversa no país, obrigando fabricantes e importadores a recolherem produtos após o uso pelo consumidor.
Ela inclui princípios como a prevenção e a redução na geração de resíduos, estímulo à reciclagem e à reutilização, e a destinação final ambientalmente adequada de rejeitos.
Em essência, podemos entender essa lei e suas diretrizes fundamentais para o manejo de resíduos sólidos pelos seguintes tópicos:
De acordo com o artigo 33 da lei citada, são obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, com o retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:
No site do Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão de Resíduos Sólidos (SINIR+), que é do Ministério do Meio Ambiente, existem outras informações importantes sobre os sistemas implementados e suas respectivas regulamentações.
Ao longo deste artigo, exploramos o que é a logística reversa, desvendando o conceito, o funcionamento e a legislação em torno dela.
Essa prática transformadora contribui para um futuro mais verde e sustentável, reduzindo o impacto ambiental, promovendo a reutilização de recursos e impulsionando a economia circular.
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